sábado, 14 de agosto de 2010

Roteiro do Documentário (ingles)

Title: African Influences in Brazil

Screenplay

(scene 1_ Opening_ Images of Brazil)

(Images of several Brazilian cities and cultural events)

- What legacies of Africans can be observed in Brazilian culture?

- Let’s start with Language.

(scene 2_Images of Words)

(several words of African origin)

- Language is what defines the identity of a people, is what differentiates one people from another. And a lot of words used in our day-to-day are originate from African peoples, like “Angu”, “pipoca”, “moleque”, “fubá”, […] acarajé!

(scene 3 _ imagens of “baianas” and “acarajés”)

- Speaking on that subject, “acarajé” is also an important African influence in our cuisine. Bahia’s cuisine is the one that shows it more, they have African tastes in the most famous dishes of their cuisine, like “vatapá”, “moqueca” and others.

(Images of other food from Africa, several dishes until you get to “feijoada” - ready-to-eat, set on a table- .)

- They say the most popular dish in Brazil, feijoada, appeared in the senzalas, serving as food for slaves… and today is national preference, especially when accompanied by a good samba!

(scene 4_ Pictures of samba players, samba schools..(A famous samba song playing in the background)


(wrote: Rhythm! Drumming!)

- The Brazilian popular music (best known as MPB) is heavily influenced by African rhythms.
- As observed in every part of the American continent where African slaves have been, the music made by those African descents was initially ignored and kept at the fringe, until it gained notoriety in the early twentieth century and became the most popular today.
(Pictures of African-Brazilian instruments ; Afoxé/Agogô/Atabaque/Berimbau/Tambor/Xequerê)
(Images of groups diverse musical genders of today)

- African tribal songs were brought by slaves to the American countries, where they mingled with other European rhythms, creating new musical genders. Today we can identify the African influence in many genders: Soul, Axe music, Carimbó, Funk, Ijexá, Lambada, Lundu, Maxixe, Maracatu, Pagode, Samba, Hip Hop, Reggae, among others.

Images of folk dances (Congo, Lundu, Mozambique, etc.)

- Brazilian culture and, of course, the music - that is made and consumed in the country- , are structured from two basic matrices African civilizations: Conguesa and Yoruba. The first is what maintains the base of Brazilian music, wich is in samba the most exposed. The second cast, especially the African-brazilian religious music and styles which will result from.



(scene 6_Images of african-descents dancing in the senzalas and yards of candomblé)

- Some African-descents religions keep almost all of them African roots, like happens in Candomblé and Xangô, popular in the Northeast. Others formed by religion, like Batuque, Xambá and Ubanda. In a greater or lesser degree, african-Brazilian religions show influences of European Catholicism , as well as Amerindian shamanism.
- The syncretism manifests itself also in the tradition of the baptism of children and marriage in the Catholic Church, even when the faithful follow a religion openly African-Brazilian.
(Scene 6_Image Capoeira groups, sound of Berimbau in the background)

- Capoeira is a martial art created by black slaves in Brazil during the colonial period. It is said that slaves told the Lords that it was just a dance and then the training was allowed. Thus, the poultry is always practiced with percussion instruments, music, singing, dancing and, in some version, stunts.

(Scene 7_Repeat selected images)

- The African origin played an important role in the formation and delineation of Brazilian cultural identity as the great cultural diversity brought by the blacks also assimilated other cultures with whom they had contact, formed and transformed in various aspects of our Brazil!

terça-feira, 2 de março de 2010

A relação entre a Africa e o mundo hoje

Atualmente a África é o continente mais pobre do mundo, onde estão quase dois terços dos portadores do vírus HIV do planeta, a continuidade dos conflitos armados, o avanço de epidemias e o agravamento da miséria põem em causa o seu desenvolvimento. Muitos acreditam que isso é a causa de ser um continente muito explorado. Algumas nações alcançaram relativa estabilidade política, como é o caso da África do Sul, que possui sozinha um quinto do PIB de toda a África.
Distinguindo-se pelas elevadas taxas de natalidade e de mortalidade e pela baixa expectativa de vida e abrigando uma população jovem, a África caracteriza-se pelo subdesenvolvimento.
A incipiente industrialização do continente, por sua vez, está restrita a alguns pontos do território. Iniciou-se tardiamente, após o processo de descolonização, motivo pelo qual as indústrias africanas levam grande desvantagem em relação ao setor industrial altamente desenvolvido de países do Primeiro Mundo.
Em geral, os governos Áfricanos são repúblicas presidencialistas, com exceção de três monarquias existentes no continente: Lesoto, Marrocos e Suazilândia. Cabo Verde adotou o regime parlamentarista.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Os partidos e movimentos africanos - HCA

Apesar da existência de 800 etnias e mais de mil idiomas falados na África, podemos encontrar alguns denominadores comuns entre os partidos e movimentos que lutaram pela descolonização. O primeiro deles é de que todos eles ambicionavam a independência, conquistada tanto pela vertente de radicalismo revolucionário ou através do reformismo moderado, que tanto podia implantar uma republica federativa como uma unitária. Em geral, os partidos optaram pelo centralismo devido a dificuldade em obter consenso entre tribos rivais. Esse centralismo é geralmente assumido pelo próprio líder da emancipação, (como Nkrumah em Ghana) pelo partido único (ou “partido dominante” como definiu-o Leopold Senghor, do Senegal) ou ainda, por um ditador militar (como Idi Amin Dada em Uganda, ou Sese Seko Mobuto no Zaire). A negritude (movimento encabeçado por Aimé Césaire, um poeta martinicano, e pelo presidente senegalês Leopold Senghor) foi também um ponto em comum, marcadamente entre os países afro-francofônicos, que exaltavam as qualidades metafísicas dos africanos. Finalmente todos manifestavam-se a favor do pan-africanismo como uma aspiração de formar governos “por africanos e para africanos, respeitando as minorias raciais e religiosas”.

A Descolonização - HCA

A descolonização tornou-se possível no após-1945 devido a exaustão em que as antigas potências coloniais se encontraram ao terem-se dilacerado em seis anos de guerra mundial, de 1939 a 1945. Algumas delas, como a Holanda, a Bélgica e a França, foram ocupados pelos nazistas, o que acelerou ainda mais a decomposição dos seus impérios no Terceiro Mundo. A guerra também as fragilizou ideologicamente: como podiam elas manter que a guerra contra Hitler era uma luta universal pela liberdade contra a opressão se mantinham em estatuto colonial milhões de asiáticos e africanos?
A Segunda Guerra Mundial se debilitou a mão do opressor colonial, excitou o nacionalismo dos nativos do Terceiro Mundo. Os povos asiáticos e africanos foram assaltados pela impaciência com sua situação jurídica de inferioridade, considerando cada vez mais intolerável o domínio estrangeiro. Os europeus, por outro lado, foram tomados por sentimentos contraditórios de culpa por manterem-nos explorados e sob sua tutela, resultado da influencia das idéias filantrópicas, liberais e socialistas, que remontavam ao século 18. Haviam perdido, depois de terem provocado duas guerras mundiais, toda a superioridade moral que, segundo eles, justificava seu domínio. Quem por primeiro conseguiu a independência foram os povos da Ásia (começando pela Índia e Paquistão, em 1946). A maré da independência atingiu a África somente em 1956. O primeiro pais do Continente Negro a conseguí-la foi Ghana, em 1957. Em geral podemos separar o processo de descolonização africano em dois tipos. Aquelas regiões que não tinham nenhum produto estratégico (cobre, ouro, diamantes ou petróleo) conseguiram facilmente sua autonomia, obtendo-a por meio da negociação pacífica. E, ao contrário, as que tinham um daqueles produtos, considerados estratégicos pela metrópole, explorados por grandes corporações, a situação foi diferente (caso do petróleo na Argélia e do cobre no Congo belga). Neles os colonialistas resistiram aos movimentos autonomistas, ocorrendo movimentos de guerrilhas para expulsá-los.

O Congresso de Berlim - HCA

Atendendo ao convite do chanceler do II Reich alemão, 12 países com interesse na África encontraram-se em Berlim - entre novembro de 1884 a fevereiro de 1885 -, para a realização de um congresso. O objetivo de Bismarck é que os demais reconhecessem a Alemanha como uma potência com interesses em manter certas regiões africanas como protetorados. Além disso acertou-se que o Congo seria propriedade do rei Leopoldo II da Bélgica (responsável indireto por um dos mais terríveis genocídios de africanos), convertido porém em zona franca comercial. Tanto a Alemanha, como a França e a Inglaterra combinaram reconhecimentos mútuos e acertaram os limites das suas respectivas áreas. O congresso de Berlim deu enorme impulso à expansão colonial, sendo complementado posteriormente por acordos bilaterais entre as partes envolvidas, tais como Convênio franco-britânico de 1889-90, e o Tratado anglo-germânico de Heligoland, de 1890. Até 1914 a África encontrou-se inteiramente divida entre os principais países europeus (Inglaterra, França, Espanha, Itália, Bélgica, Portugal e Alemanha). Com a derrota alemã de 1918, e obedecendo ao Tratado de Versalhes de 1919, as antigas colônias alemãs passaram à tutela da Inglaterra e da França. Também, a partir desse tratado, as potências comprometeram-se a administrar seus protetorados de acordo com os interesses dos nativos africanos e não mais com os das companhias metropolitanas. Naturalmente que isso ficou apenas como uma afirmação retórica.
A conquista da África foi entremeada de tenaz resistência nativa. A mais célebre delas foram as Guerras Zulus, travadas no século 19 pelo rei Chaka (que reinou de 1818 a 1828) na África do Sul, contra os ingleses e os colonos brancos boers. Entrementes, os colonizadores começaram a combater as endemias e doenças tropicais que dificultavam a vida dos europeus através do saneamento e da difusão da higiene. A África era temida pelas doenças tropicais: a febre amarela, a malária e a doença do sono, bem como da lepra. O continente, igualmente, ocupado por missões religiosas, tanto católicas como protestantes. Junto com o funcionário colonial, o aventureiro, o fazendeiro, e o garimpeiro branco, afirmou-se lá, em caráter permanente, o padre ou o pastor pregando o evangelho.

A partilha da África - HCA

A partir do momento que o continente africano não podia mais fornecer escravos, o interesse das potências colônias inclinou-se para a sua ocupação territorial. E isso deu-se por dois motivos, O primeiro deles é que ambicionavam explorar as riquezas africanas, minerais e agrícolas, existentes no hinterland, até então só parcialmente conhecidas. O segundo deveu-se à competição imperialista cada vez maior entre elas, especialmente após a celebração da unificação da Alemanha, ocorrida em 1871. Por vezes chegou-se a ocupar extensas regiões desérticas, como a França o fez no Saara (chamando-a de França equatorial), apenas para não deixa-las para o adversário.

A luta pela abolição da escravatura - HCA

Um dos capítulos mais polêmicos e gloriosos, da história africana, foi o que conduziu à abolição do trafico negreiro e a total supressão da escravidão no transcorrer do século 19. A primeira reação contra a escravidão ocorreu no século 18, partindo de uma seita protestante radical, os Quakers. Eles consideravam-na um pecado e não podiam admitir que um cristão tirasse proveito dela. Enviaram, em 1768, ao parlamento de Londres uma solicitação pedindo o fim do tráfico de escravos. Pouco depois, o fundador do movimento metodista, pregou contra a escravidão afirmando que preferia ver a Índias Ocidentais (como eram denominadas as colônias antilhanas inglesas) naufragarem do que manter um sistema que “violava a justiça, a misericórdia, a verdade”. Economistas também entraram na luta. Afirmaram que a escravidão era deficitária na medida que empregava uma enorme quantidade de capital humano que produzia muito aquém daquele gerado por homens livres. Depois de uma série de pequenas leis, a completa abolição da escravidão nas colônias inglesas ocorreu em agosto de 1834 que libertou mais de 776 mil homens, mulheres e crianças. Nesse ínterim a Inglaterra havia declarado guerra aberta ao tráfico. Nenhum barco negreiro poderia mais singrar os oceanos sem ser vistoriado e se fossem capturados, os escravos deveriam ser devolvidos. Por pressão inglesa, o Brasil finalmente concordou em abolir com o tráfico pela Lei Eusébio de Queirós, em 1850. Mesmo assim continuou recebendo, em desembarques clandestinos, braços contrabandeados, o que gerou sérios atritos com a marinha inglesa.