domingo, 28 de fevereiro de 2010

Os partidos e movimentos africanos - HCA

Apesar da existência de 800 etnias e mais de mil idiomas falados na África, podemos encontrar alguns denominadores comuns entre os partidos e movimentos que lutaram pela descolonização. O primeiro deles é de que todos eles ambicionavam a independência, conquistada tanto pela vertente de radicalismo revolucionário ou através do reformismo moderado, que tanto podia implantar uma republica federativa como uma unitária. Em geral, os partidos optaram pelo centralismo devido a dificuldade em obter consenso entre tribos rivais. Esse centralismo é geralmente assumido pelo próprio líder da emancipação, (como Nkrumah em Ghana) pelo partido único (ou “partido dominante” como definiu-o Leopold Senghor, do Senegal) ou ainda, por um ditador militar (como Idi Amin Dada em Uganda, ou Sese Seko Mobuto no Zaire). A negritude (movimento encabeçado por Aimé Césaire, um poeta martinicano, e pelo presidente senegalês Leopold Senghor) foi também um ponto em comum, marcadamente entre os países afro-francofônicos, que exaltavam as qualidades metafísicas dos africanos. Finalmente todos manifestavam-se a favor do pan-africanismo como uma aspiração de formar governos “por africanos e para africanos, respeitando as minorias raciais e religiosas”.

A Descolonização - HCA

A descolonização tornou-se possível no após-1945 devido a exaustão em que as antigas potências coloniais se encontraram ao terem-se dilacerado em seis anos de guerra mundial, de 1939 a 1945. Algumas delas, como a Holanda, a Bélgica e a França, foram ocupados pelos nazistas, o que acelerou ainda mais a decomposição dos seus impérios no Terceiro Mundo. A guerra também as fragilizou ideologicamente: como podiam elas manter que a guerra contra Hitler era uma luta universal pela liberdade contra a opressão se mantinham em estatuto colonial milhões de asiáticos e africanos?
A Segunda Guerra Mundial se debilitou a mão do opressor colonial, excitou o nacionalismo dos nativos do Terceiro Mundo. Os povos asiáticos e africanos foram assaltados pela impaciência com sua situação jurídica de inferioridade, considerando cada vez mais intolerável o domínio estrangeiro. Os europeus, por outro lado, foram tomados por sentimentos contraditórios de culpa por manterem-nos explorados e sob sua tutela, resultado da influencia das idéias filantrópicas, liberais e socialistas, que remontavam ao século 18. Haviam perdido, depois de terem provocado duas guerras mundiais, toda a superioridade moral que, segundo eles, justificava seu domínio. Quem por primeiro conseguiu a independência foram os povos da Ásia (começando pela Índia e Paquistão, em 1946). A maré da independência atingiu a África somente em 1956. O primeiro pais do Continente Negro a conseguí-la foi Ghana, em 1957. Em geral podemos separar o processo de descolonização africano em dois tipos. Aquelas regiões que não tinham nenhum produto estratégico (cobre, ouro, diamantes ou petróleo) conseguiram facilmente sua autonomia, obtendo-a por meio da negociação pacífica. E, ao contrário, as que tinham um daqueles produtos, considerados estratégicos pela metrópole, explorados por grandes corporações, a situação foi diferente (caso do petróleo na Argélia e do cobre no Congo belga). Neles os colonialistas resistiram aos movimentos autonomistas, ocorrendo movimentos de guerrilhas para expulsá-los.

O Congresso de Berlim - HCA

Atendendo ao convite do chanceler do II Reich alemão, 12 países com interesse na África encontraram-se em Berlim - entre novembro de 1884 a fevereiro de 1885 -, para a realização de um congresso. O objetivo de Bismarck é que os demais reconhecessem a Alemanha como uma potência com interesses em manter certas regiões africanas como protetorados. Além disso acertou-se que o Congo seria propriedade do rei Leopoldo II da Bélgica (responsável indireto por um dos mais terríveis genocídios de africanos), convertido porém em zona franca comercial. Tanto a Alemanha, como a França e a Inglaterra combinaram reconhecimentos mútuos e acertaram os limites das suas respectivas áreas. O congresso de Berlim deu enorme impulso à expansão colonial, sendo complementado posteriormente por acordos bilaterais entre as partes envolvidas, tais como Convênio franco-britânico de 1889-90, e o Tratado anglo-germânico de Heligoland, de 1890. Até 1914 a África encontrou-se inteiramente divida entre os principais países europeus (Inglaterra, França, Espanha, Itália, Bélgica, Portugal e Alemanha). Com a derrota alemã de 1918, e obedecendo ao Tratado de Versalhes de 1919, as antigas colônias alemãs passaram à tutela da Inglaterra e da França. Também, a partir desse tratado, as potências comprometeram-se a administrar seus protetorados de acordo com os interesses dos nativos africanos e não mais com os das companhias metropolitanas. Naturalmente que isso ficou apenas como uma afirmação retórica.
A conquista da África foi entremeada de tenaz resistência nativa. A mais célebre delas foram as Guerras Zulus, travadas no século 19 pelo rei Chaka (que reinou de 1818 a 1828) na África do Sul, contra os ingleses e os colonos brancos boers. Entrementes, os colonizadores começaram a combater as endemias e doenças tropicais que dificultavam a vida dos europeus através do saneamento e da difusão da higiene. A África era temida pelas doenças tropicais: a febre amarela, a malária e a doença do sono, bem como da lepra. O continente, igualmente, ocupado por missões religiosas, tanto católicas como protestantes. Junto com o funcionário colonial, o aventureiro, o fazendeiro, e o garimpeiro branco, afirmou-se lá, em caráter permanente, o padre ou o pastor pregando o evangelho.

A partilha da África - HCA

A partir do momento que o continente africano não podia mais fornecer escravos, o interesse das potências colônias inclinou-se para a sua ocupação territorial. E isso deu-se por dois motivos, O primeiro deles é que ambicionavam explorar as riquezas africanas, minerais e agrícolas, existentes no hinterland, até então só parcialmente conhecidas. O segundo deveu-se à competição imperialista cada vez maior entre elas, especialmente após a celebração da unificação da Alemanha, ocorrida em 1871. Por vezes chegou-se a ocupar extensas regiões desérticas, como a França o fez no Saara (chamando-a de França equatorial), apenas para não deixa-las para o adversário.

A luta pela abolição da escravatura - HCA

Um dos capítulos mais polêmicos e gloriosos, da história africana, foi o que conduziu à abolição do trafico negreiro e a total supressão da escravidão no transcorrer do século 19. A primeira reação contra a escravidão ocorreu no século 18, partindo de uma seita protestante radical, os Quakers. Eles consideravam-na um pecado e não podiam admitir que um cristão tirasse proveito dela. Enviaram, em 1768, ao parlamento de Londres uma solicitação pedindo o fim do tráfico de escravos. Pouco depois, o fundador do movimento metodista, pregou contra a escravidão afirmando que preferia ver a Índias Ocidentais (como eram denominadas as colônias antilhanas inglesas) naufragarem do que manter um sistema que “violava a justiça, a misericórdia, a verdade”. Economistas também entraram na luta. Afirmaram que a escravidão era deficitária na medida que empregava uma enorme quantidade de capital humano que produzia muito aquém daquele gerado por homens livres. Depois de uma série de pequenas leis, a completa abolição da escravidão nas colônias inglesas ocorreu em agosto de 1834 que libertou mais de 776 mil homens, mulheres e crianças. Nesse ínterim a Inglaterra havia declarado guerra aberta ao tráfico. Nenhum barco negreiro poderia mais singrar os oceanos sem ser vistoriado e se fossem capturados, os escravos deveriam ser devolvidos. Por pressão inglesa, o Brasil finalmente concordou em abolir com o tráfico pela Lei Eusébio de Queirós, em 1850. Mesmo assim continuou recebendo, em desembarques clandestinos, braços contrabandeados, o que gerou sérios atritos com a marinha inglesa.

O Comércio Triangular - HCA

Com o comércio triangular, inseriram a África Negra basicamente como fornecedora de mão-de-obra escrava para as colônias americanas e antilhanas. O destino dos barcos negreiros eram os portos da Jamaica, Baamas, Haiti, Saint- Eustatius, Saba, Saint-Martin, Barbuda e Antigua, Guadalupe, Granada, Trinidad & Tobago, Bonaire, Curaçao e Aruba. Enquanto a Europa importava produtos coloniais, trocava suas manufaturas (armas, pólvora, tecidos, ferros e rum) por mão-de-obra vinda da África. Os escravos eram a moeda com que os europeus pagavam os produtos vindos da América e das Antilhas para não precisar despender os metais preciosos, fundamento de toda a política mercantilista. Tinham pois, sob ponto de vista economico uma dupla função: eram valor de troca (dinheiro) e valor de uso (força de trabalho).

História do Continente Africano (HCA)

A História do Continente Africano ficará divida em vários tópicos com títulos de momentos importantes. Tudo o que fizer parte, está com a abreviatura HCA ao lado para tornar mais fácil a identificação.

Mitos Africanos

“ Pérolas de Cadija ”

narra a história de uma menina chamada Cadija do Senegal . Sua mãe havia morrido, e então, ela tinha que carregar seu irmãozinho nas costas . Seu pai resolveu casar-se de novo e Cadija ganhou uma madrasta . Como também em qualquer conto do Ocidente, o Oriente representa o estereótipo da madrasta, sempre algoz . A ausência do pai pela omissão, e transferência de poder à madrasta que vivia dando muitos trabalhos pesados para Cadija com intenção de mata-la . E, como vítima, a filha pela perda da mãe . As pérolas simbolizam a generosidade de Cadija e a ganância da madrasta . Uma história onde há fadas e madrinhas más . Só que, aqui, a fadas são como os anjos da guarda, Djin, e os perigos que Cadija enfrenta suscitam os mistérios das culturas milenares que sobrevivaram apesar da colonização .

Origem Étnica dos Escravos no Brasil

As principais regiões africanas de onde foram retirados os escravos foram Nagô, Mina, Angola, Jeje, Congo e Fulas, mas esses negros foram divididos basicamente em dois grupos: os Bantus e os oeste-africanos.

Bantus: Descendentes de um grupo étnico que habitava principalmente as regiões de Angola, Congo, Moçambique e até a Tanzânia. As principais etnias desse grupo eram: Benguelas, Cassangas, Cabindas, Dembos, Rebolos, Anjico, Macuas e etc. Atualmente se concentram na região dos Camarões.
Oeste-Africanos: Provinham principalmente das regiões da Costa do Marfim, Togo, Gana e Nigéria. Foram o primeiro grupo de escravos a ser trazido para o Brasil. A maior parte dos escravos pertencentes a esse grupo foram para engenhos na Bahia. Dividiam-se principalmente em:
  • Nagôs - os que falavam e entendiam a língua dos Iorubás, o que incluía etnias como os kètu, egba, egbado, sabé entre outros.
  • Jejes - que incluía etnias como Fons, Ashanti, Ewés, Fanti, Mina e outros menores como Krumans, Agni, Nzema entre outros.
  • Malês - povo islamico que falava a língua haúça, e seguiam a religião muçulmana.

Cotidiano dos Escravos no Brasil

Falar sobre o cotidiano dos escravos nos traz uma tristeza muito grande por saber do sofrimento que eles passaram com a escravidão. Os escravos começavam a trabalhar ao amanhecer e só paravam ao escurecer. Eram vigiados o tempo inteiro por capatazes e feitores, que, quando mandados, aplicavam uma série de torturas e castigos físicos e psicológicos nos escravos. Além de obrigarem os escravos a vestir grossos panos de algodão, a aprender a língua Português e a adotar o catoliscismo como religião, também só podiam comer o que o senhor lhes dava, que, na maioria das vezes era no máximo duas vezes por dia.
Bibliografia:
× www.wikipedia.org
× www.slideshare.net

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Relação dos Africanos com os Europeus

Processo de ocupação territorial, exploração econômica e domínio político do continente africano por potências europeias. A ocupação começou entre o século 15 e 20. Dentro da expansão marítima, a primeira fase do colonialismo africano teve começo da necessidade de encontrar caminhos diferentes para o Oriente conseguir novos mercados consumidores e produtores.
A relação dos Africanos com os europeus foi meio díficil, pois os europeus queriam na realidade fazer trocas com alguns chefes locais africanos, sendo capazes de capturar milhões de africanos e de os exportar para vários pontos do mundo naquilo que ficou conhecido como a terrível escravidão.
As potências europeias desenvolveram uma "corrida à África" massiva e ocuparam a maior parte do continente, criando muitas colônias. Teve o aparecimento de novas colônias como a Alemanha e a Bélgica.
No início da IMG, 90% das terras já estavam sob domínio europeu. A partilha da África é feita de maneira arbitrária, não respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para muitos dos conflitos atuais no continente africano, tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram unidas.